O presidente nacional do PLS, deputado federal Luciano Bivar, reafirmou que o partido deve lançar um candidato para disputar as eleições presidenciais de 2022. O político concedeu uma entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, nesta sexta-feira, 04, e deixou claro que a sigla não será coadjuvante na política do país.

“Que a gente possa, nessa eleição de 2022, ter uma participação ativa e até vitoriosa. Eu acho que temos propostas que não foram cumpridas. A questão da reeleição é uma. Você não pode ter agora dois polos que todo final de semana fazem campanha e esquecem a administração pública do país”, disse Bivar.

Para ele, é necessário que o Brasil tenha uma variedade de candidatos, com ideias e propostas diferentes, para que o povo possa escolher. “A gente precisa ter um cardápio maior para oferecer ao povo brasileiro, uma alternativa que não seja radical nem de direita nem de esquerda”.

Bivar afirmou que as lideranças do PSL estão conversando com líderes do MDB para construção de um projeto político, e não descartou uma aliança com o partido. Ele relembrou que o PSL sempre foi contra o radicalismo de direita, e sempre foi do social e do liberal, mas, antes de tudo humanista. De acordo com o presidente da sigla, o nome que deve disputar a corrida presidencial deve ser anunciado em agosto.

“Tenho certeza que será, para o povo brasileiro, uma opção muito grande porque esses dois partidos juntos vão oferecer uma alavanca muito grande para um candidato que siga as linhas que a gente imagina e o que a gente ta pensando. Tenho certeza de que a gente pode ter uma alternativa viável, factível e reformadora para a sociedade brasileira. Estou muito esperançoso”, afirmou o presidente.

Sobre a decisão do exército em não punir o General Eduardo Pazuello após participação em atos políticos com Bolsonaro, Luciano Bivar disse acreditar que a decisão foi tomada para que não houvesse mais tensão entre o presidente e as forças armadas.

“Eu gostaria de que, realmente, mesmo tendo essa tensão, que as coisa dentro da hierarquia militar elas fossem realmente obedecidas. As instituições, quando respeitadas, a gente vai ter uma democracia. Não deixa de ser uma coisa preocupante”, desabafou.

O presidente da sigla se mostrou contrário a realização da Copa América no Brasil diante do cenário da pandemia no país. E lembrou que a realização do evento no país não vai trazer nenhuma vantagem, pois não haverá público. “Como o nosso país está liderando, depois da Índia, a mortalidade, era o momento de ter uma reflexão maior sobre o país aceitar ser sede nesse momento pandêmico. Estamos vivendo uma guerra contra um inimigo invisível”, destacou Luciano Bivar.

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